A história que será contada a seguir é um clássico de Esopo que foi recontado por La Fontaine, outro grande impulsionador da divulgação das fábulas. A lebre e a tartaruga é uma típica fábula: não se sabe quando o evento se passou, nem onde, e os personagens centrais são animais com características humanas - têm sentimentos, falam, possuem consciência.
A Lebre e a Tartaruga - Project Gutenberg [Public domain]
—Tenho pena de você —, disse uma vez a lebre à tartaruga: — obrigada a andar com a tua casa às costas, não podes passear, correr, brincar, e livrar-te de teus inimigos.
— Guarda para ti a tua compaixão — disse a tartaruga — pesada como sou, e tu ligeira como te gabas de ser, apostemos que eu chego primeiro do que tu a qualquer meta que nos proponhamos a alcançar.
— Vá feito, disse a lebre: só pela graça aceito a aposta.
Ajustada a meta, pôs-se a tartaruga a caminho; a lebre que a via, pesada, ir remando em seco, ria-se como uma perdida; e pôs-se a saltar, a divertir-se; e a tartaruga ia-se adiantando.
— Olá! camarada, disse-lhe a lebre, não te canses assim! Que galope é esse? Olha que eu vou dormir um pouquinho.
E se bem o disse, melhor o fez; para escarnecer da tartaruga, deitou-se, e fingiu dormir, dizendo: sempre hei de chegar a tempo. De súbito olha; já era tarde; a tartaruga estava na meta, e vencedora lhe retribuía os seus deboches:
— Que vergonha! Uma tartaruga venceu em ligeireza a uma lebre!
MORAL DA HISTÓRIA: Nada vale correr; cumpre partir em tempo, e não se divertir pelo caminho.
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